Adélia Prado é escolhida para receber título de Doutora Honoris Causa pela UEMG
Escritora e poetisa Adélia Prado
Ana Prado/Divulgação
A escritora Adélia Prado será homenageada com o título de Doutora Honoris Causa pelo Conselho Universitário da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), em Divinópolis. O anúncio foi feito na segunda-feira (17) nas redes sociais da instituição.
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O reconhecimento foi aprovado em 29 de outubro e celebra seis décadas de carreira da autora, que completa 90 anos em 2025. Segundo a universidade, a escolha também destaca o vínculo histórico de Adélia com a instituição, da qual é egressa há mais de meio século.
A outorga do título será feita em sessão pública e solene do Conselho Universitário. A data e o local da cerimônia ainda serão definidos.
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Ligação com a UEMG
Adélia ingressou no curso de filosofia em 1965, na então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Divinópolis (Fafid), que mais tarde se tornou a Unidade Divinópolis da UEMG. Ela também atuou como professora por 24 anos, colaborando para a formação de diferentes gerações de estudantes.
A proposta do título partiu de uma indicação da reitora Lavínia Rosa Rodrigues e da sugestão apresentada pelo Departamento de Letras, posteriormente aprovada pelo Conselho Universitário (Conun).
“A gente tem que valorizar as pessoas que, de uma certa maneira, são a crença da universidade. A Adélia Prado, como vocês bem disseram, é a poetisa mais importante do Brasil”, afirmou a reitora Lavínia Rosa Rodrigues.
Adélia Prado
Nascida em 13 de dezembro de 1935, em Divinópolis, Adélia Prado é poeta, professora, romancista e licenciada em Filosofia. Ganhou notoriedade na década de 1970 após ser reconhecida por Carlos Drummond de Andrade. Seu primeiro livro, Bagagem (1976), marcou o início de uma carreira sólida, com obras como O Coração Disparado e Manuscritos de Felipa.
Ao longo de quase 60 anos de produção literária, acumulou importantes premiações, entre elas o Prêmio Jabuti, o Prêmio Guimarães Rosa, o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras (2024) e o Prêmio Camões. Em 2014, recebeu ainda a Ordem do Mérito Cultural.
Primeira mulher a ganhar o Prêmio Conjunto da Obra pelo Governo de Minas, em 2017, Adélia também já foi indicada à Academia Brasileira de Letras. É considerada uma das principais vozes da literatura contemporânea brasileira.
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